Sobre o que devemos aos nervosos

sábado, 4 de junho de 2011

Sobre o que devemos aos nervosos


"Tudo o que conhecemos de grande nos vem dos nervosos. Foram eles e não outros (...) e compuseram obras-primas. Jamais o mundo saberá tudo quanto lhes deve e principalmente quanto lhes deve e principalmente o quanto eles sofreram para lhes dar o que deram. Apreciamos as finas músicas, os belos quadros, mil delicadezas, mas não sabemos o que isso custou, aos que os inventaram, em insônia, em lágrimas, em risos espasmódicos, em urticárias, em asmas, em epilepsias, e numa angústia de morrer que é pior que tudo isso..."

(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 3 - O caminho de guermantes.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 237) 
 

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