Sobre gestos que fazem o tempo se estilhaçar
"Nas horas acordadas ela fechava os olhos, e não dizia nada, e sabia que ele estava ali, no meio dos outros, e ela punha mentalmente o dedo indicador cruzado sobre seu próprio sorriso (secreto) pedindo que tudo se calasse, porque assim já estava bem, porque assim já era o bastante. Porque qualquer gesto faria o tempo se estilhaçar como cristal.” (Adriana Lisboa in: Caligrafias. Ed. Rocco, p. 50)
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