novembro 2009

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

domingo, 29 de novembro de 2009

Sobre os irmãos Corrs




It´s late at night, and I´m feeling down
There's couples standing in the street
Sharing summer kisses and silly sounds
So I step inside, pour a glass of wine
With a full glass and empty heart
I search for something to occupy my mind.

'Cos you are in my head
Swimming forever in my head
Tangled in my dreams
Swimming forever.

So I listen to the radio
And all the songs we used to know

So I listen to the radio
Remember where we used to go.

Só porque eu AMO o violino dos irmãos Corrs!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Sobre palhaços



"Clown é a pessoa que fracassa, que bagunça sua vez, e, fazendo isso, dá à audiência o senso de superioridade. Através de seu fracasso, ele revela sua profunda natureza humana, que nos comove e nos faz rir, é um perdedor feliz". (Lecoq)

(apesar das minhas experiências com palhaços não terem sido, digamos, absolutamente positivas).


Alguma chance de eu ser abduzida nos próximos dias? Simplesmente não aguento mais. NÃO AGUENTO.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Sobre aprendizado em São Paulo num dia de chuva


Se o seu horário de entrada no trabalho é às 8 horas, mas você chega às 9 e meia, tudo bem.
Se você precisa pegar metrô, vá a pé.
Se você vai andar a pé, proteja os olhos dos guarda-chuvas alheios.
Se você vai andar a pé no centro, use botas. De couro. Impermeáveis. O chão é pura leptospirose. JURO.

Note to São Pedro: MANO, para de chover que essa noite a gente vai dormir na frente do Teatro e eu VOU assistir a Bela e a Fera. DE GRAÇA!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sobre o natal




Houve um tempo no qual eu esperava o ano todo para que dezembro chegasse logo.
Aliás, mal terminava novembro e eu já estava livre da penitenciária, digo... escola, professores chatos e colegas irritantes.
Seriam dois meses destinados à sessão da tarde, às dormidinhas até às 9h da manhã (já que, desde pequena, todo mundo em casa reclama que a Tatiane não consegue passar mais tempo quieta na cama), quinzenas em Santos ou a semaninha na chácara dos avós comendo um franguinho com arroz bão demais.

Eu amava essa época! Adorava ajudar minha mãe e minha irmã quando montavam a àrvore de natal (nem me importava com a poeira), e ficava horas e horas vendo as luzinhas coloridas piscarem, piscarem... Piscarem até cansar.
Lembra-se do ano em que meu pai fez uma cascata de luz frente à nossa casa? Ele ficou horas e horas pendurado na escada e, naquela noite, fiz questão de acampar na sala.
As festas no interior; a bagunça com os meus primos; muita comida; meu tio vestido de Papai Noel caindo em cima de todos os nossos brinquedos.

Percebi que havia algo de errado quando saí do reveillon e, de repente já estava em outubro, comemorando o último aniversário do ano lá em casa.
Os shoppings já estavam decorados e haviam tantas propagandas de natal na TV!
Foi aí que comecei a me perguntar por que Papai Noel tinha que usar gorro e casaco numa época de tanto calor. Ano seguinte, e eu já não tinha a minha sessão da tarde. No próximo, meus colegas irritantes eram companhia constante não só na escola, mas nas três instituições de ensino que eu frequentava durante o dia.
A única coisa que me dava prazer em dezembro era cantarolar My December, do Linkin Park. E eu me imaginava em Londres. Com um monte de luzinhas. E neve, claro.

Hoje pela manhã minha mãe me perguntou se eu a ajudaria a montar a árvore no final de semana. Meu nariz torceu. E não foi pela "alergia emocional".
Um calor de 28º às 8h e Papai Noel no shopping insiste em usar gorro e casaco vermelhos.
Minha última prova do semestre, agora, acontece na semana que antecede o natal.
Estaremos no ápice. Fechamento da folha no trabalho, ruas lotadas, pessoas gastando todo o seu 13º em lojas de R$ 1,99 ("É só uma lembrancinha...", elas avisam), comprando presentes que caibam no bolso, cinco horas de sono por noite e minha avó nem cria mais galinhas.
Meus tios separados, meus primos em outro estado. Meu pai, coitado, anda trabalhando demais, nem pensa em outra cascata de luz na frente de casa.

Novembro pára. Dezembro morre. Em janeiro, nada funciona.

Deve ter acontecido alguma coisa. Algo muito grave. Ou fui eu, ou o natal.
Talvez seja o Papai Noel que, certamente não me dará o que eu tenho pedido à tanto tempo.
Eu, definitivamente, não sou [mais] muito fã do natal. E ainda não estou muito animada com as festas de final de ano.



"This is my december, this is my time of the year.
This is my december, this is all so clear.
This is my december, this is my snow covered home.
This is my december."

domingo, 22 de novembro de 2009

Sobre 2012


Ok, ok. E quem disse que os Maias realmente preveram o fim do mundo para 21 de dezembro de 2012? Às vezes os caras ficaram com preguiça de terminar o calendário. E, tcharam! Milhões pra indústria cinematográfica!

O filme é ótimo. Principalmente para ser visto em salas da playarte, direto da segunda fileira (sarcasmo como forma de defesa), com super lotação e "pessoas de má fé e má índole que compraram os ingressos para o domingo e entraram na sessão de sábado". Furo para começar o "cadê o filme, cadê o filme, cadê o filme" - em coro.

Traços de Independence Day e O Dia Depois de Amanhã, com vários prédios caindo, a terra abrindo, tsunamis, uma aeronave batendo na Torre Eiffel (era ela mesmo?) e o nosso Cristo indo abaixo.

Incrível como, no meio de tanta gente morrendo, você se pega torcendo para que um cachorrinho consiga subir na nave segura e para mais meia dúzia de pessoas. E quase implorando para não abrirem as portas.
Aliás, good question: abrir a porta da nave para as milhares de pessoas do lado de fora e correr o risco de colocar tudo a perder, ou garantir a sobrevivência de poucos e a continuidade da espécie humana?
Sei lá.


DO SAPATO DA SOGRA
- Calma, anda mais devagar!
- Por quê?
- Meu sapato tá me machucando.
- Que sapato é esse?
- O sapato que minha sogra deu.
- A-ha, isso foi planejado! Pra te fazer sofrer!
- Pior que não. Esse sapato foi caro!
- Isso! Foi investimento!

DO RELÓGIO DE PONTEIRO
- Ela não sabe olhar horas no relógio de ponteiros.
- Claro que sei.
- Ah, é? E que horas são agora?
- São vinte "pras" oito. Vinte "pras" oito porque eu aprendi que depois que passa do sete (35), a gente começa a contar os minutos.
- E ANTES NÃO?!
- Não...

DA EXCURSÃO
- Cara, por que o filme não começa logo?
- Porque os caras estão fazendo barulho.
- Quais caras?
- Aqueles que vieram de "caravela"
- Do quê?
- Caravela...
- Caravana?
- Ah, isso...

sábado, 21 de novembro de 2009

Sobre os encontros


en.con.tro
sm (der regressiva de encontrar) 7 Junção de pessoas ou coisas que se dirigem para o mesmo ponto ou se movem em sentido oposto.


DO TRÂNSITO.

Ela desceu do ônibus e o viu no carro, do outro lado da avenida. Esperou para atravessar enquanto apertava o botão compulsivamente. O coração batendo entre as amígdalas.
Depois foi a vez dele. A notou enquanto o vento fazia a cabeleira dela machucar o rosto, de tanto que soprava. Escondeu-se, encolhendo-se no carrinho minúsculo e vermelho atrás do ônibus da faixa do meio.
O semáforo ficou amarelo. Ela quis voltar para o ponto de ônibus. Seria ridículo, mas não cruzaria o caminho dele (mais uma vez), mesmo que fosse só pela faixa de pedestres. Claudicou, respirou, voltou.
Os segundos antes do farol finalmente ficar vermelho pareceram uma eternidade enquanto o estado confusional dificultava a tomada de decisão. De ambos.
No meio do estupor, ouviu-se a cantada de pneus. Era o carrinho vermelho, com um motorista vermelho, posicionando-se à frente da faixa. Ela respirou aliviada, como se o agradecesse por isso. E atravessou. Atrás do carro. Era ele quem lhe cruzava o caminho.
Ele, lá dentro, tremia e transpirava mais do que o normal. “Mas ela só tem um metro e meio”, pensou “Que mal poderá fazer?” – ALÉM DESSE.


DA ESCADA ROLANTE.

Ela caminhava, conversava e ria. Ele só caminhava e conversava. Encontraram-se na frente das escadas rolantes. Ela um pouco mais adiantada; ele, alguns metros atrás. Ela desviou o rosto, mas antes disso pode perceber a pressa dele em se livrar de suas duas companhias.
Um pouco acima, ela o via pelo vidro espelhado, subindo três degraus por vez até parar atrás dela. Passou à sua frente e girou num ângulo de 45 graus para que ela entrasse em sua visão periférica. Olhou ao redor com o mesmo cinismo que usou em sua última conversa "franca".
Ela riu e foi para o lado oposto. Ele continuou subindo as escadas. Um degrau por vez.


DO TÉRREO.

Ela ainda o estava evitando. Não quis ir à reunião de despedida.
Aguardou as amigas no térreo, e, quando retornaram, parou mais quinze minutos pra bater um papo. Ele apontou no corredor.
Ela pega o telefone e se afasta do grupo, discretamente. Finge estar conversando.
Ele a vê de longe. A vermelhidão toma conta da sua pele, desde o peito exposto pelo botão aberto da camisa até a raiz dos cabelos. Para no pequeno grupo para dar um último tchau e não consegue. Gagueja demais. Não respira e mal coordena as palavras e seu pensamento.
Sai em direção à rua, mas, antes disso vira-se e lança um olhar de emergência na direção dela. Ela treme.


DO EMARANHADO DE PAPÉIS.


Ela vai até ele para se despedir. E vai sozinha para compensar sua fuga na semana anterior. Não tem orgulho. Ele sabe o quanto ela o ama.
Chega na porta e pede licença. Entra, sorri, senta. Fica cinco minutos jogando palavras que parecem não seguir um fluxo. A conversa não é natural. Ela avisa que tem que ir embora. Ele se levanta, segurando um aglomerado de folhas de papel. Folhas molhadas de tanto suor, que tremem junto com o movimento das mãos. Dá um beijo na bochecha rosada dela. Ela não dá espaço para abraço – seria demais – e vai embora. Mais uma vez.


E ainda há espaço para dizer “não há nada”?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sobre olhos e olhares



Dizem que os olhos são a janela da alma. Nesse sentido, não é completamente impossível se apaixonar por olhos. Ou por um olhar.
A queda veio quando notei que eram de tons de castanho, que às vezes me remetiam a chocolate quente ou massa de brigadeiro na panela.
Às vezes chegavam até mim brilhantes e acompanhados de um sorriso único. Às vezes vinham com uma seriedade ímpar.
Às vezes eu apenas os via sob o reflexo das lentes dos óculos.
Às vezes eu os olhava e não conseguia me reconhecer espelhada neles.
Vê-los era tão inexplicável que escrever não me fará chegar ao menos perto de conseguir expressar o que eu sentia.
Engraçado parar pra pensar sobre isso agora. Já não me lembro do rosto, dos lábios, do tom e textura dos cabelos. O perfume sumiu da minha memória como se nunca o tivesse sentido. Não consigo me recordar da suavidade e calor do toque ou do som da voz e do riso. Mas aqueles olhos... Nunca mais esqueci aqueles olhos.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sobre o amor e a saudade


Eu sempre achei que o amor e a saudade são dois sentimentos que andam lado a lado.
Um só existe na presença do outro, no sentido de que só sentimos saudade do que amamos.


Portanto, quando alguém diz que sente sua falta, na verdade, está dizendo que o ama


Dói... Dói de saudade.

Sobre elaboração onírica


Ke-chan é uma das pessoas com quem mais tenho passado o meu tempo nos últimos três anos.
E eu estou convencida de que ela detesta o Piu. Eu o adoro. Um pouco porque ela o detesta. E um pouco porque eu sempre tive um tendência inata a adorar criaturas estranhas.

Acho que a discussão super produtiva durante a aula de ética do Ricardo ontem sobre servir ou não coxinha na festa de casamento, me fez sonhar com o meu próprio enlace matrimonial, e com o menu da festa.

A tensão começou quando os preparativos incluiam a chegada da minha sogra, vinda de Serra Negra, três meses antes da cerimônia, trazendo com ela uma tonelada de sua iguaria culinária, a deliciosa "carne maluca" congelada. Quando cheguei do trabalho naquele dia, encontrei minha vida vestindo um shortinho azul curtérrimo e apertadíssimo, com a cara inchada, vermelha, amassada mais linda dessa vida e o restante dos cabelos malucos e ouriçados no topo da cabeça, provando, com um biquinho, na colher de pau, um pouquinho do preparo que já descongelava há três semanas, enquanto sua pequenina progenitora trabalhava minuciosamente em um caldeirão super-hiper-mega-blaster grande no MEU fogão.

Seriam três longos meses se, como em CLICK, eu não adiantasse até o dia da cerimônia para encontrá-la chorando desesperada na primeira fileira da igreja, enquanto meu amor desfilava pela nave com toda a sua sutileza de elefante reumático - "filhinho, porque você fez isso com a mamãe?", ela dizia. Antes do calor subir pelos meus pés até o meu cabelo impecavelmente preso, e desejar fazê-la ter consciência de que o filho deveria agradecer-me por livrá-lo da condenação de comer mingau todas as noites, lembrei-me de que EU era a noiva, e deveria estar no altar ao lado dele.
Enquanto me preparava para correr até a porta, notei que meu amado já estava acompanhado no altar. Ah sim... A adorável pessoa (a qual não devo revelar o nome) era alguém do sexo MASCULINO.

Ah, droga. Droga, droga, droga!
Mas até em sonho ele faz questão de ser aversivo?

Não é o bastante morar em uma pensão, usar roupas sociais porque são leves e a lavanderia cobra mais barato, manter uma dieta à base de toddynho e passatempo e ser fã incondicional de ABBA e Frenéticas, ainda me dá uma dessas no dia do meu feliz casamento?

O sonho terminou "idioticamente" quando tive que passar o resto dos meus 5 meses comendo lanchinhos de pão com carne maluca. Acompanhada da sogra. Já que o meu ex/ futuro-marido estava em lua de mel desde o sábado a noite (mas voltaria na segunda para a semana de provas).

Ah, Piu, Piu, Piuzinho... Casa comigo?
Eu JURO que aprendo a cozinhar carne maluca!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

sábado, 7 de novembro de 2009

Sobre meu tocador de memórias



- O Sr. poderia me indicar o caminho?
- Onde deseja chegar?
- Eu não sei ao certo!
- Bom, neste caso não importa muito que caminho seguir! Por este lado chegará no jogo de cartas da rainha. Por este outro lado encontrará um chapeleiro maluco. Não importa por onde siga, só encontrará gente louca!
- Mas eu não quero me encontrar com gente louca!
- Você não pode evitar. Todos aqui são loucos. Eu sou louco, até você é louca! (...)
- Como sabe se sou louca?
- Ora, deve ser ou não teria vindo aqui!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sobre a ressaca da integrada



Depois da quarta "entregada", eu achei que estaria bem mais tranqüila do que estou no presente momento. Conhecimentos gerais de mais, psicologia de menos, dissertativas mal escritas. Sofri.

O lado positivo é que o meu péssimo hábito de sofrer por antecipação me fez ir bem em "quase" todas as disciplinas na primeira avaliação (com exceção de psicopatologia, que, por curiosidade, é a minha favorita), sendo solicitada a tirar 7,5 e fechar o semestre.
Mas...
Eu tinha crença de que todos os semestres ímpares eram bons e eu não precisaria de muito esforço neste 5º. Mas enquanto realizava a prova, usando as quatro horas disponíveis, tinha vontade de "rrancar" minha cabeça e jogar boliche com cada uma das pessoas que escreveram aquelas questões "from hell'.

Aí já viu. Ressaca durante quinta e sexta, até eu decidir abandonar o CEPPS e "bora pra Santos".
Meu "cantinho feliz" sempre no mesmo lugar, com o tempo abafado, os banquinhos à beira mar, ventinho gostoso e maresia aguardando o próximo livro.
E, lá vamos nós!

domingo, 1 de novembro de 2009