janeiro 2010

sábado, 30 de janeiro de 2010

Sobre não entender


Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo. (Clarice Lispector)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Sobre meu pé de coelho



Já vamos voltar. E, sinceramente, não tenho muita vontade. Em partes pelo cansaço da rotina (dormir, dormir, dormir...zZZzz), em partes porque eu sei que as coisas não vão mudar. O jeito é me acostumar, ou buscar outras novas coisas para tentar consertar.
E eu tento confiar no meu pé de coelho. Mas aí me lembro de que não serviu de nada ao primeiro dono.
Well, here we go again...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Sobre Sherlock Holmes



- Elementar, meu caro Watson.

Eu ví. E veria milhões de vezes mais. Robert Downey Jr. fez de Sherlock Holmes cômico e irreverente, o oposto das obras de Sir Arthur Conan Doyle. Holmes continua charmoso, e arrisco dizer que até mais que nos livros, acrescido das habituais falas afiadas e inteligência. Muita inteligência! Tanto que, na minha opinião, acabou ofuscando John Watson.

Sobre ser notado - e notar.




Ela estava disposta a dedicar toda a sua vida a um único objetivo: constrangê-lo.
Se não tinha seu amor, que ao menos o ódio fosse sincero. E já que, entrelinhas, ele já havia dito que a sua própria maturidade exacerbada (ou a suposta ausência de maturidade nela) era um impeditivo, não via problemas em agir como uma criança.
Naquela noite, surpreendeu-se. A convivência era cheia de despedidas e reencontros, e, dessa vez, viam-se depois de um período mais ou menos longo e não precedido de um “até logo” formal.
Ela era da saúde. As duas amigas, novas na instituição, eram de exatas. As outras duas eram amigas das amigas, apresentadas há menos de cinco minutos.
Enquanto desejava boas vindas e boa sorte ao grupo, não registrou os movimentos dele ao aproximar-se. Notou-o apenas quando estava perto demais para esboçar alguma reação. Assustada pelo inusitado, desviou o olhar – o que não surtiu efeito, já que ele parecia desejar ser notado. Parou junto a ela – e a elas -, cumprimentando-as, uma a uma, deixando-a no final, para ignorá-la logo depois.
Fez-se silêncio enquanto cada uma das presentes entreolhavam-se, esperando que alguém apresentasse o novo ilustre integrante.
Ele então pôs-se a falar. Falava para qualquer uma das quatro. Menos para ela.
Sorria, simpático. Fazia perguntas, comentários. Observações que ela não conseguia distinguir, em partes porque a visão dele confundia-lhe os sentidos, em partes porque qualquer coisa não era mais digna de ser registrada do que seu rosto. E ela precisava guardá-lo, porque era o que mais sentiria falta quando estivessem distantes.
Quando voltou a si, entendeu que ele falava – sozinho – com quatro pessoas que nunca havia visto antes e, definitivamente, não percebia.
Ela deixou desabrochar um meio sorriso, que nascia dos olhos e moldava-lhe os lábios. Não sabia explicar se era sorriso ou deboche.
Sorriu o meio sorriso. Os olhos se iluminaram. Ele queria ser notado. E ela precisava notá-lo.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Sobre conversar



Ela não sabia conversar. Mas não era tão difícil compreendê-la. Seu bom-senso não era tão fora da realidade assim.
E ela falava. E como falava! Falava mais do que o homem da cobra. Tanto que, quando pequena, sua mãe queria comprar-lhe um papagaio para que ela tivesse com quem conversar durante todo o tempo.
Mas, quando as coisas se invertiam e a melhor via de saída era o diálogo, ela não falava. Mantinha-se muda por dias a fio e queria que lhe adivinhassem os pensamentos. E isso sim era completamente fora da realidade.

Sobre uma promoção


Ela estava feliz. Mas ainda existia espaço para mais quando soube que ele havia sido promovido. Ele e seus grandes projetos. O trabalho. As escolhas profissionais grandiosas que raramente lhe proporcionavam algum prazer além do reconhecimento que obtinha dentre os muros da empresa.
Ela sentia-se tão feliz por ele, que suas próprias conquistas não pareciam nada perto disso. Queria abraçá-lo, parabenizá-lo. Sorrir enquanto via-se refletida em seus olhos.
Mas não podia. E por motivos óbvios. Primeiro: ele mal lembraria de seu nome quando a visse. Segundo: ele se esquivaria, como vinha fazendo nas últimas vezes em, que, sorte ou não, colidiam-se no caminho. Terceiro: a promoção não era algo de que ela deveria ter conhecimento, a menos que, como boa espiã, estivesse muito bem informada sobre cada passo do rapaz.
"Mas todos os bons pensamentos que direcionamos a alguém acabam voltando para nós mesmos", pensou enquanto suspirava, jogando-se nas almofadas. "Eu te amo, e estou muito feliz por você."

sábado, 23 de janeiro de 2010

Sobre amar quem você ama




Você ama, mas...
Não é o tempo inteiro que você ama quem você ama. Há intervalos, pausas, preguiças. Às vezes você passa um tempo sem amar quem você ama. Mas basta um perigo, uma doença, um assédio para você despertar para o seu amor, como de uma cochilada.

Nada a ver com desinteresse. Às vezes quem você ama faz alguma coisa que não é legal, que mexe com você, como uma palavra num tom errado, mas é coisa pequena, não vale a pena cobrar. Fica aquela preguiça, corpo mole. Beija, mas não é aquele beijo.

Outras vezes você acha que o seu amor falhou com você. Ou porque se esqueceu do seu aniversário, ou porque não ligou o dia inteiro, ou porque ligou o dia inteiro, ou porque passa tempo demais na internet, ou com fones nos ouvidos, desligado de você. Então você se permite um tempo para descansar um pouco do seu amor. Acha que está dando mais do que recebendo, e com isso tem deixado de fazer coisas, suas coisas. Aproveita o tempo para responder a e-mails acumulados, enviar fotos que ficou devendo, lavar o carro, copiar a chave perdida, levar o cão para um banho e tosa, pagar uma visita, levar aquele sapato para o conserto, talvez pedalar no parque. É gostoso esse tempo em que você não ama quem você ama, é quase como um fim de semana prolongado, sem viajar.

Tem horas em que você não se lembra de que está amando quem você ama, com tanta coisa para fazer disputando espaço na sua cabeça: trabalho, vestibular, currículo, entrevista, negócio, mãe, prestação vencida, filho, escola, compromissos, trânsito – e se distrai. Nessas horas você não está amando quem você ama. Não são falhas, são intervalos.

Chega um dia em que você precisa receber mais atenção de quem você ama, está carente, hipersensível, e não recebe. Em resposta, você dá uma recuada. Ou tem dia em que você está muito a fim e não coincide, e aí você recolhe a mão curiosa. Ou quer carinho e a mão não chega. Você vai para dentro da sua concha e deixa de amar quem você ama por um tempo variável de minutos a dias.

Pode acontecer uma vacilada. Não é que você não esteja mais amando quem você ama, é só um vacilo. Por exemplo, encontra casualmente uma paquera dos tempos de faculdade, ou uma paixão do colégio, aquela coisa que não chegou a ser, e alonga a conversa, fica testando se a outra parte desencanou total como você ou se guardou alguma coisa, é mais vaidade do que curiosidade, você fica tentando captar algum sinal, nem sabe se teria coragem, e nada acontece, e se despedem, e você passa uns dias com aquela imagem voltando... – e nos momentos dessa inquietação nostálgica você não está se lembrando de que ama mesmo é quem você ama.

Chuva, quando se está só, também deixa a gente precisando. Em caso de viagem, chega a doer, e você percebe que é saudade de abraço, da coisa física que é o abraço, impessoal de tão abraço. Nesse momento animal você nem está amando quem você ama, aquela coisa é só você, solidão.

É exaustivo manter a corda do amor esticada o tempo todo, e você descansa o braço para relaxar. Não é desamor, é uma pausa para beber água – mas já pensou se aquela bandida ou aquele bandido passa numa hora frágil dessas? São coisas que acontecem ao longo de um amor, e o momento passa sem bandidos, que apenas riscam a paisagem e somem como pássaros.

Quando você dorme, você não ama. É o melhor descanso. E quando sonha, então? Pode até permitir carícias de fantasmas, mas não é você que está ali, é tudo uma fantasia da qual quem ama retorna sem culpa.

Não é sempre que você ama quem você ama, mas, quando se dá conta, já passou uma vida inteira amando quem você ama.


Ivan Angelo

Sobre uma pessoa feliz




Viva!
Viva o último dia útil da semana!
Viva o bom resultado da Ke-chan em psicopatologia (e se matem aqueles que, no 6º semestre, ainda não sabem a diferença entre neurose e psicose)!
Viva cantar bem alto no carro da Thaty "I wanna know what love is" - I've traaaavelled so far to change this loooonely liiiife...!!!
Viva o IGoogle!
Viva o CEPPS (amanhã, all day long, em Psicooncologia. Adoro²)!
Viva o meu projeto de TCC!
Viva ter saudades de sentar no corredor e ficar lendo por horas a fio!
Viva as trufas que eu ganhei de natal (bem atrasado)!
Viva as minhas camisas brancas novas!
Viva ter saído da dieta no McDonalds!
Viva ter, definitivamente, perdido TODA a inspiração pra escrever (fragrância de Egeo misturado com suor é "")!
Viva meus cachos de sexta-feira que cairam em 20 minutos!
Viva ter aprendido a passar delineador!
Viva o feriado!
Viva o excesso de serotonina!
Viva o aniversário do tio Lê e o churrasquinho bom em Itatiba amanhã!
Viva ter achado o Dennis de novo!


Eu estou curada! A-ha! E muito, muuuuito feliz!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sobre estar junto



Nós podemos brigar, ter nossos "arranca-rabos", ficar irritados, soltar farpas e viver um ou dois dias sem olhar na cara um do outro.
Mas, quando eu sei que você está sofrendo, quero pegar toda a sua dor pra mim. Tenho certeza de que eu sofreria bem menos do que quando te vejo assim. Sangue é sangue, sabe como é...

Eu estou aqui COM VOCÊ. Te amo.

Sobre sonhos esquisitos



Ok. Eu me deitei - e dormi. Dormi para sonhar (ou ter um pesadelo). O Renan era meu irmão. Ele também era esquizofrênico. E eu estava morrendo de medo dele entar em surto durante o sonho, porque eu havia perdido a última aula de psicopatologia e não tinha  a menor idéia do que fazer se isso acontecesse...

- Rê, você tomou seus remédios?

- Não...
- Ai Rê... POR FAVOR, NÃO ENTRE EM SURTO AGORA! Eu não tô conseguindo acordar. Aguenta só mais um pouquinho que às 5h30 o despertador toca!
- Tá bom!

Minha elaboração onírica não anda muito amigável nos últimos dias... Rê, amo, amo, AMO²

PS: Detesto essa foto. Em partes porque eu tô com esse biquinho horroroso que (um dia) eu vou aprender a parar de fazer. Em partes porque é muito velha. Mas é uma das únicas que eu tenho com ele!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Sobre o meu filme favorito



Tudo acontece em Elizabethtown é meu filme favorito. Daqueles para se assistir a qualquer momento, seja qual for seu estado de espírito. E não é só porque o Orlando Bloom é meu ideal de beleza masculina, ou acabo de identificando muito com a personagem da Kirsten Dunst, mas a trilha sonora é a mais gostosa do mundo, e eu, sem dúvida, poderia considerá-la a trilha sonora da minha vida.

"A tristeza é mais fácil porque é uma rendição. Você tem que tirar um tempo pra dançar sozinho com uma mão acenando no ar"

Sobre não conseguir ser indiferente à...




Era como se todos os dias fossem uma eterna repetição do esperar por... Um olhar, um "oi", um beijo no rosto, talvez. Como se acreditasse que algo nela já tivesse prendido sua atenção algum dia. E não fazia diferença qual fosse a novidade ou oportunidade que se apresentasse: a única coisa que lhe importava também era a que mais lhe negligenciava.
E, por qual motivo não conseguia desligar-se era algo que, definitivamente, não sabia explicar. Agora, finalmente entendia que o oposto do amor não era o ódio, mas manter-se indiferente à...

Sobre só mais um "cara"


Ele é só um cara, e você já esqueceu outros caras antes.
É só um cara e não a sua vida.
E não todos os dias da sua história.
E não todas as suas lágrimas juntas em um único sábado solitário.
Ele não é o destino. É um cara.
Existem muitos destinos.
E quer mesmo saber?
É um cara como todos os outros caras.
Esse que te perguntou as horas no meio da rua – podia ter sido ele e você nem ligou.
Ele é só um deles.
Vários. Uma legião. E ninguém.
Ele é só um cara perdido como muitos outros caras que você encontrou.
E perdeu.
Ele é só um cara e você já esqueceu outros caras antes.


Contribuição: Thaty Spazziano

Sobre coisas antigas que (não) envelhecem



Sempre teve fascínio por isso: guardar coisas até ficarem velhas, para reencontrá-las um dia e admirar-se com o quanto ela (e elas) haviam mudado. Mas parecia que, pela primeira vez em todos os seus vinte e poucos anos (que às vezes pareciam-lhe séculos), tinha encontrado algo que, por mais que jogasse na caixinha de madeira pintada à mão, insistia em não envelhecer jamais.

Sobre o dia em que ela desceu as escadas




Ele me viu da escada do andar de baixo ontem. Enquanto eu a esperava atender o telefone, ele conversava com uma mulher e me observava. Não que eu estivesse olhando, mas, quando movimentei o rosto, apontando-o em sua direção, ele entrou na minha visão periférica (ou seja lá como se chama) e pude notar o susto e embaraço, enquanto ele concentrava-se em olhar o nada e ouvir o que sua companhia lhe dizia.
Cinco minutos antes, enquanto calçava minhas sandálias e me levantava da cadeira para entregar o relatório da noite, o telefone da Chris tocou. Ela olhou pra mim e disse, com o sorriso de orelha a orelha “Olha o Orli avisando que já acabou lá embaixo”. Desci as escadas com o telefone na mão e uma calma divina que não faço idéia de como consegui, para encontrá-lo ao pés dela. Mas parei de olhá-lo quando percebi que sua pele estava quase roxa de tão vermelha.
O que isso tudo quer dizer?


Quer dizer que ele deveria entrar para a lista dos "Homens Idiotas que você precisa (ou não) conhecer antes de morrer". Simples assim.

Sobre ser paulista em Santos


Enquanto isso, na C&A:

- Nota fiscal paulista?
- Sim. Da Freguesia do Ó! Dá pra perceber pela brancura, né?!
- Han... (confuso). Qual o número?
- De quê?
- Do CPF.
- Ah tah... 37... Uai... Pera aí! Pra quê?
- Pra nota fiscal paulista, senhora.
- MEU DEUS, QUE VERGONHA! Me desculpe moço... Achei que você tivesse perguntado se éramos paulistas...

Acompanhada da Mona e do Mau, diga-se de passagem. Há alguma chance de eu parar de ser zuada por isso um dia?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sobre ela


Quando ela cai no sofá,
"so far away”
Vinho à beça na cabeça
Eu que sei...

Quando ela insiste em beijar
Seu travesseiro
Eu me viro do avesso
Eu vou dizer aquelas coisas, mas na hora esqueço...
(...)

Você tá nessa, rejeitada
Caçando paixão
Eu com a cara mais lavada, digo:
Por que não? Ah! Ah! Por que não eu?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sobre amores breves de metrô





Que me entendam aqueles que, pelo uso rotineiro do metrô, quase sempre se deparam com pessoas inexplicavelmente "o seu número".

Alguém que te faz desviar o olhar de sujeitos mal encarados que podem roubar sua carteira, para apreciar os pontos em comum que viriam a ter. Que sempre fazem a viagem ficar mais emocionante, o segurar da bolsa ficar mais charmoso e, entre estações, trocar olhares pelo reflexo do vidro do vagão.

Infelizmente, em determinado momento, essa pessoa que fez da sua viagem um breve flerte, desce na estação, quando você, tão iludido, menos espera. Deixa um vazio e um banco solitário onde, por minutos, se viveu um amor breve de metrô...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Sobre lágrimas


"Eu te amo – disse ela com ódio ao homem, cujo crime impunível que cometera era o de não querê-la".
(Clarice Lispector)



Chorei. Chorei. Chorei até a cabeça latejar. Até não escorrerem mais lágrimas. Chorei até a barriga doer. Chorei de soluçar. Chorei até gritar, até perder o fôlego. Chorei até não ter mais força para levantar do chão. Chorei como nunca havia me permitido chorar desde o primeiro dia. Mas não aguentei mais. Não aguento mais. Você dói em mim. Arde incansávelmente em todos os poros.

"...faz de conta que ela nao estava chorando por dentro - pois agora mansamente, embora de olhos secos, o coração estava molhado; ela saíra agora da voracidade de viver."

Wish me luck today, sugar. Please.

Sobre comprar sorvetes no shopping Stª Cruz em tardes de 35º


Enquanto isso, no Shopping Santa Cruz (e ela foi convencida a ir até lá não com pouco esforço, acreditem...)

Andressa queria um McColosso. Mas, depois da escassez do guichê do McDonald's, a única condição era que fosse algo comestível, gelado e que tivesse massa de sorvete!

- Moça, eu quero um sundae de chocolate, por favor.
- Mas não tem chocolate
- Então um sundae de banana caramelada.
- Mas não tem copo de sundae
- O que tem, então?
- Só tem McColosso de banana caramelada.
- Serve.
-Mas não tem massa de baunilha.
- NOSSA... Tá parecendo episódio do Chaves! Pode ser, vai...
- O que vc vai querer?

Silêncio. Afinal, qual era mesmo a ÚNICA coisa que eles tinham?!
(tem que explicar a piada, né Dê? Tem gente que, definitivamente NÃO entende.)

Mas valeu a pena por termos economizado, já que a anta (chamada atendente) nos entregou dois Top Sundaes (cheios de fa-ro-fa) - e eu fiquei com um gosto horrível de banana na boca.
Não comprem - é ruim demais!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Sobre tudo o que os homens sabem sobre as mulheres


Durante minhas futricações em blogs alheios, notei, sem querer, um comentário na página do Will (peço licença para divulgá-la aqui). O comentário citava um livro relativo à tudo o que os homens sabem sobre as mulheres. Porém, o meu dia (que precisa de 25 horas) acabou me fazendo esquecer disso.

Mas... TCHARAM!
Um achado no site da Livraria Cultura. Um livro que relata tudo o que os homens sabem sobre as mulheres!


E não é que o bendito realmente existe? São mais ou menos 200 páginas. EM BRANCO! Genial!

"Everything Men Know About Women", de Alan Francis.
O livro (sem tradução para o Brasil... rs) é da editora Andrews McMeel, está disponível na Livraria Cultura por R$ 12,13, e deveria ser o livro de cabeceira de todos os cavalheiros de plantão!

Sobre satisfação x realização - do desejo





“Há, não raro, um equívoco entre satisfação do desejo e realização do desejo. O desejo não propicia uma satisfação plena. Só pela realização é que se pode reconhecer o desejo, já que ele é inconsciente. Freud afirmou, de forma geral, que o sonho é uma realização do desejo. Contudo, realização não implica em satisfação.

Kepler toma Freud para fazer-se entender a experiência da satisfação. O pai da psicanálise afirma que a única experiência de satisfação que não foi demandada, é no momento em que a mãe oferece o seio, sem que o bebê peça.

“Depois dessa primeira vez e daí em diante uma imagem mnemônica da percepção e reevocar a própria percepção, isto é, restabelecer a “situação da satisfação original. Um impulso dessa espécie é o que chamamos de desejo”, conclui Freud.

Portanto, o que caracteriza o desejo para Freud é esse impulso para reproduzir alucinatoriamente uma satisfação original, ou seja:

- um retorno a algo que já não é mais;
- um retorno a um objeto perdido cuja presença é marcada pela falta.

Sendo a presença de uma ausência é o que caracteriza o desejo, poderíamos definir o desejo como a nostalgia do objeto perdido". (KEPLER, 1994, p. 41-2)”.

(Fragmento de: O acontecer obscuro: cercando a histeria e a neurose obsessiva a partir do filme Esse Obscuro Objeto de Desejo, Vanessa Souza Moraes)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Sobre a passadinha na casa da avó


Depois do trabalho, por volta das 17h30, ela resolveu que visitaria sua avó. Embaixo do braço, Persuasão, de Jane Austen. Estava adorando.
Deixou o livro sobre a mesa e foi até a biblioteca. A avó, de quem havia herdado o prazer da leitura, folheou o livro e achou a foto dos dois na última página. Demorou-se a observá-los sorrindo. Corpos afastados, face avermelhada.

- Ele parece um João Bobo.
- Ahn?
- Aqui... Olha isso... Parece que está caindo...
- Ah! Gosto tanto dele...
- É. Mas ele é um velho. E é um velho que não quer nada com você. Não quer nada com ninguém.
- É nada.
- Vai ficar perdendo tempo, vai...
- Não estou perdendo tempo. Ele gagueja quando me vê, sabia?
- Então ele é um velho idiota, que não sabe o que quer, mas que não quer nada com você.

E sabe quando, de repente, você cai em si e percebe que não sabe mais pelo que está esperando?



"O instante ausente de seu encontro permanecerá para sempre presente dentro dela como um órgão secreto que não se encontra em nenhum livro de anatomia, mas sem o qual o coração já não conseguiria bater". Martin Page

domingo, 10 de janeiro de 2010

Sobre coisas que (talvez) alegrem o final de semana


Depois de um final de semana cheio para uns e vazio para outros, comendo todo o doce de leite com ameixa em tabletes de Cambuí, deixo uma dica, caso o seu esteja sem graça: LEIA, pois “até o pior dos livros têm uma página boa: a última”.
Anyway, Jane Austen é muito séria pra ser lida num domingo tão bonito como esse! E como realmente nunca me ensinaram que ironia e sarcasmo são armas de defesa...

Ironia – frases soltas que deveriam ser presas.



Boa leitura, cheia de risos, pois rejuvenesce e te deixa mais linda/o!

Sobre "chefs" e criatividade nas conversas no google talk em noites de insônia




Tati says: Ele tá bravo. Eu não estava on line na hora do almoço e ele não falou comigo a tarde.
Thaty says: Putz. Será que ele não entra mais?
Tati says: Para ficar mais calma, minha mente psicótica diria que ele entrou no horário do almoço, viu que eu não estava on line, e achou que eu não estava trabalhando!
Thaty says: E aí ligou pra sua mãe pra saber se estava tudo bem....
Tati says: ÓTIMO!!!!!!
Thaty says: Aí sua mãe disse que estava tudo bem e convidou ele pra almoçar no domingo... Lasanha... rs
Tati says: AHAM!! Aquela lasanha-macarronada do ano novo. De quebra ainda disse que a receita era tradição de família...
Thaty says: E ele mesmo assim pediu a receita!
Tati says: É A CARA DELE fazer isso... rs
Thaty says: É mesmo...
Tati says: Aí ele faz e a dele dá certo, né? E chega todo bravo em casa: - Mas Dª. Cecilia... Eu fiz a receita e não ficou igual a da senhora... O que será que eu fiz de ERRADO?
Thaty says: Aí ela marca uma aula demonstrativa do tipo “Ana Maria Braga” só pra ele!
Tati says: E eu chego do estágio e encontro os dois na cozinha de casa. Ele com um avental escrito "I make my mother happy" e ela em cima de um banquinho, ao lado dele (e ainda sim só alcançando a cintura)
Thaty says: E o gorro...! Não esqueça o chapéu de chef! Vai ser a visão do inferno... kkk
Tati says: Nossa... Se couber, né?! Acho que isso merece ir pro blog!
Thaty says: Merece mesmo!

Nós, definitivamente, deveríamos nos abdicar desse mundo corporativo e virarmos roteiristas de novela!

Sobre cinismo




"Olhe, patinho, eu sei a seu respeito a partir de mim mesma. Os analistas jogam do mesmo jeito. Eles são exatamente como escritores. Tudo está a seu alcance, tudo é um caso a estudar. Da mesma forma, a morte nos apavora... Exatamente como aos poetas. (...) Eu conheço seu joguinho, porque também o pratico. Na verdade, você é inteiramente transparente. Enfurecia-me o fato de que me visse com mais cinismo do que eu via a mim mesma".

Erica Jong

sábado, 9 de janeiro de 2010

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Sobre astrologia de beira de praia


Peixes é um signo de água. É o meu signo. Não que eu tenha escolhido, mas era o destino, já que eu nasci na data em que nasci.
Alguém em um boteco qualquer me disse que, pela hora em que eu disse ter nascido, meu ascendente é câncer. E mais uma vez meu mapa astral tenta me afogar: água, água, água. Quase uma batalha naval onde eu só perco.
Mas divertido mesmo é pensar que muitas pessoas acreditam que "a posição dos planetas na hora do nascimento influencia em alguma coisa na vida" e no destino dos seres humanos (the big ban theory mode: on) enquanto eu, pisciana com ascendente em câncer, passei uma semana me sentindo completamente deslocada na praia. Sabe como é, né? Muita água.

Por Tatiane, que andou tomando muito sol!

Sobre aulas de PPB e a nossa forma polida de ser


Em meados de 2007 eu só era chata e a Ke-chan só era boba. Até que nos encontramos. E eu acho até que a mistura ficou boa...!

Agosto de 2007, G. L. (doutor em psicologia clínica pelo Instituto de Psicologia da USP) entrou na sala para ministrar as aulas de Processos Psicológicos Básicos.

Era nossa terceira semana na faculdade e a Raquel havia faltado (e pediu meu caderno emprestado). Quando me devolveu, disse que tinha uma dúvida relacionada a uma das minhas anotações sobre a localização de neurônios por todo o corpo humano. Como não tinha muita certeza de nada naquela época, pedi que ela perguntasse à G.L.


G. L. – Então, pessoal. Como eu disse na aula anterior, temos neurônios por toooodo o nosso corpo. Existe até um que sai daqui ó (vira e levanta o bumbum), da minha bunda, e vai até o dedão do meu pé (abaixa até o chão).

Tatiane (com os olhos – e a língua – queimando) Ham...

Raquel (indignada) Ô professor... “CÊ TÁ” VIAJANDO...

G. L. (amistoso) Hihihi. Por quê?

Raquel – A minha amiga que faz NUTRIÇÃO na UNINOVE disse que ISSO NÃO EXISTE. Não temos neurônios por todo o corpo.

G.L. (ainda muito amistoso e educado) Hihihi. Temos sim...

Raquel (descontente) Tá bom, vai... tsc tsc...



Considerações finais: G.L. pediu demissão da instituição no final daquele semestre. E até agora não fazemos idéia do motivo. Segundo fontes pouco confiáveis, o profissional hoje atua como vigia do estacionamento do Hospital do Mandaqui. Mas não se preocupem, ele está bem: soubemos também que ele sempre usa protetor solar! Sentimos saudade! (rs)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Sobre o que eu gosto


Eu gosto do que é errado nas pessoas. Eu nunca vou encontrar alguém perfeito pra mim, porque perfeito pra mim é imperfeito. Eu gosto dos detalhes que as pessoas ignoram pra poder gostar, e é por isso que eu gosto. Enquanto os outros ignoram, eles ficam alí, só pra mim, só pro meu observar.
Eu gosto daquilo que dói em cada um, daquilo que machuca a alma. Eu gosto dos erros cometidos e das consequências que eles causam. Eu gosto do gosto de sangue que tem na saliva, no beijo errado. Meu problema é só que eu gosto demais, eu cuido demais, eu exagero com medo de perder e, então, eu perco.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Sobre a ligação




Foi até a livraria e folheou um livro sobre a Romênia. Tinha fascínio por esse país. Em especial, pela Transilvânia. Se pudesse, moraria lá. Terra do mítico Conde Drácula, de caninos afiados, estacas pontiagudas, imponentes castelos, velhinhas de lenços coloridos, carroças pitorescas, cemitérios esculpidos, vampiros lendários e pizzas de cérebro de porco. Viajar pela Transilvânia é mergulhar no passado. A paisagem rural, às vezes plana, outras vezes caprichosamente montanhosa, cercada pelo arco geográfico formado pelos Montes Cárpatos...

Lembrou-se (como se fosse capaz de esquecer), que a vizinha do andar de baixo havia comentado, durante um encontro no elevador, que ele viajaria para o leste europeu durante as férias de julho, e que talvez passasse alguns dias na Romênia. Isso não a animou muito, já que sabia que ele iria a trabalho e que, provavelmente, chegaria ao aeroporto, rumaria para o hotel, dormiria, trabalharia, voltaria para o hotel, e depois direto para o aeroporto. Mas mesmo assim minhocou, minhocou. Minhocou muito durante todo o final de semana.

Chegando ao trabalho, previu que não conseguiria esconder a novidade de uma das únicas pessoas que conhecera nos últimos meses e que parecia ter o estranho dom de lhe ler os pensamentos. Contou tudo. Falou sobre sua empolgação sem sentido com a viagem DELE, e da saudade que sentiria durante o mês. E minhocou mais um pouco. Dessa vez queria saber quando ele (que nem sonhava com tanta empolgação – e talvez nem com a existência dela) sairia do Brasil. TINHA que lhe desejar uma boa viagem, mesmo que fosse só enviando pensamentos positivos.


No horário do almoço, ansiosa, teve a idéia da ligação.
Pediu a amiga que discasse e o chamasse. Caso ele atendesse, saberia que ainda estava no país. E esvaziaria-se de tanta expectativa (como se fosse possível que, por intervenção divina, ele a levasse nas malas para a Europa Oriental). Simples assim.

Anotou o número num papelzinho e o entregou. Sentou-se na mesa, frente a ela. As bochechas vermelhas, infladas de ar, apoiadas nas mãos. O coração disparado e os olhos atentos. A amiga riu enquanto discava calmamente o número. Dois toques.
- Alô. Por favor o Rodrigo?
- Só um minuto.

Imediatamente, viu a palidez tomando conta do rosto da amiga (dona de uma pele anteriormente leitosa de tão branca). Ela abriu os olhos verdes o máximo que pode. Os lábios formaram um “O” e o silêncio pairou no ar. - O QUE FOI?!

Ansiosa, observou o silêncio e a expressão ainda estática e branca à sua frente. Mais três segundos e a amiga desviou os olhos do seu rosto e fitou o telefone, parecendo ainda mais assustada. Respirou. Tentou emitir algum som, mas não conseguiu. Tensa, fez força para encher os pulmões de ar mais uma vez, dessa vez com sucesso.
“E-l-e   e-s-t-á    l-á,  e-l-e   e-s-t-á    l-á,   e-l-e   e-s-t-á   l-á”

E arremessou o telefone, com todo o vigor que a descarga de adrenalina permitiu, de volta ao gancho.
Sem compaixão nenhuma pela companheira, que, apesar do absurdo, topou realizar a ligação e recuperava-se do quase-infarto-agudo-do-miocárdio-do-ventrículo-esquerdo, ela reclama:
- Como se ele fosse te ver pelo telefone, TONTA!


Em homenagem à minha amiga, Tatiane Cristina.
É muito bom saber que temos com quem contar nessa vida, loira! Já estava na hora de eu registrar aqui o quanto a admiro e o quanto fico feliz por ter sua companhia diariamente (quase um ano! Eba!). A irmã mais velha que eu não tive. Rara, em poucas palavras.

Sobre um dia ruim




Aquele não havia sido um dos seus melhores dias, apesar de toda a expectativa da volta à rotina, que, por incrível que pareça, lhe causava saudade. Além dos comentários durante o dia (que ela fingia não entender), tomou a chuva forte do final da tarde a caminho do shopping, onde encontraria a amiga que tanto lhe fazia falta (e que ficou ilhada a alguns bairros dali). Deu uma volta sozinha pelo shopping, tomou um milk shake, aproveitou a viagem para pagar a fatura do cartão. E se arrependeu pelo dinheiro gasto no mês anterior. É que ela julgava ter sido um mau investimento, pelo menos para o propósito ao qual se destinava. Mas ela usaria o vestido em outras ocasiões, sem dúvida.

Esperou a chuva acalmar e foi pra casa, já cansada e derretendo de tanto calor. Inferno de cidade. Até em verdes férias enfrentava o engarrafamento homérico de todos os dias e horários.
Sentou-se de olhos fechados durante cinco minutos antes de subir. A música no rádio era gostosa e a análise estava suspensa naquele mês - para seu alívio.
Começou a se lembrar de coisas. Lembrou-se de novo do vestido preto no armário. Lembrou-se dele. Lembrou-se que havia visto o DVD com o filme favorito dele em uma loja naquela tarde. Emergiam à memória as vezes em que ele lhe havia feito rir com piadas sem graça. Ou quando eles paravam próximos um ao outro, e ela conseguia até sentir o arfar do peito dele em suas costas e o ar dos pulmões na raiz do cabelo. Todas as vezes em que ele discursava e a fazia calar, com os olhos brilhando e o coração batendo nas amígdalas. Quando ele disse que ela sentiria falta das conversas e ela teve certeza de que a única falta seria a dele. Do abraço nos reencontros e despedidas. O sorriso. A presença.

Ela não tinha idéia de quando teve a sensação de que sua presença não era mais tão agradável a ele, e passou a esquivar-se. Não olhava nos olhos (o contato visual era íntimo e ela acreditava que dizia muito do que ela não queria mais que ele soubesse). Evitava lhe falar quando chegava, quando ia embora. Mantinha o corpo longe quando beijava seu rosto, refutando o abraço. Não conseguia sorrir. Não conseguia mais suspirar. O peito doía e o pescoço ficava tenso. O pensamento vazio.


Ela nunca foi do tipo que gostava muito, e de muitas pessoas. Tinha poucos preciosos, mas quando amava, desconhecia orgulho. Era desse jeito que ela sabia amá-lo. Achava tão injusto não poder ficar perto dele. E sentia-se ridícula por importar-se tanto (e ainda) com alguém que parecia não fazer o mesmo em relação a ela. Não entendia o porquê. Decidiu que iria esquecer. Resolução de ano novo.


Abriu os olhos. Foi até a porta. Colocou a mão na bolsa à procura das chaves e encontrou, embrulhado, o chiclete que ela tinha mascado durante seu último encontro, e estava guardado lá desde então. "Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo". Suspirou. E guardou o chiclete de novo no lugar de onde o havia tirando.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Sobre a volta a São Paulo


Depois de um ano novo lindo, com direito a queima de fogos vista da divisa de Santos/ São Vicente, e a ceia com a lasanha da minha mãe (que merece um post a parte), cá estou eu, de volta a São Paulo, com muitas resoluções de ano novo (mas sem muita pretensão de alcançá-las, feliz ou infelizmente - julguem assim que souberem quais são).

Morta de cansaço por ter acordado às 5h00 da manhã e pegado a estrada para fugir do trânsito épico (o mundo é dos espertos, não dos inteligentes - nota: mais um post a parte sobre a tese da Dessa), ainda tive tempo de curtir todas as 650 fotos tiradas em apenas 5 dias e me curar do meu fígado, que não costuma ser muito parceiro e resolveu ficar atacado justo ontem, quando ia rolar a "baladinha de despedida". Anyway, final de semana que vem tem mais. Acho que serão "férias" bem aproveitadas.

Além disso, já começo a pensar no ano da minha maioridade civil. Nem parece que já se passaram 21 anos (não que eu me lembre do fatídico 20 de março de 1989), mas, ontem mesmo estava soprando as velinhas dos ursinhos carinhosos no meu 5º aniversário, e, cá estou eu, assumindo (quase todas) responsabilidades da vida adulta, a dois anos de ter uma profissão e ser registrada em um conselho, detestando locais lotados com muita gente junta, odiando chegar atrasada nos lugares e cumprimentar todo mundo, convicta de que boate é tentativa de suicídio (por que não um barzinho e um violão?), sofrendo de dor na coluna, estômago e cabeça, conversando só com quem conheço e gosto, não suportando gente que fala demais e ainda por cima super alto ou pessoas muito simpáticas e que vivem sorrindo, preferindo ficar em casa lendo, vendo filmes, a sair para balada, amaldiçoando o Carnaval, com poucos AMIGOS, e pessoas me achando antipática, chata, brava, mala, cara fechada e... VELHICE PRECOCE!

Exageros à parte, a viagem de março começou a ser planejada dos mínimos detalhes, e deve ser muito especial, só com as cerejinhas do bolo!
Enquanto isso, termino de ler o livro "mais minha cara" que ganhei de natal (mais um post a parte), registro mais um dia a mão (velhos hábitos nunca morrem, definitivamente) e me afundo nessa máquina de deprimir pessoas. Engraçado como uma só semana longe da tecnologia te faz sentir como um extraterrestre.

Ai, ai... Sono, muito sono.
Todo o gás para amanhã!