maio 2011

domingo, 29 de maio de 2011

Sobre a sessão de fotos da Carol e da Tati


Espero que apreciem nosso book!

Carol e Tati de jaleco

Carol atendendo na maternidade

Tati, quando sugeriram que passasse cebola na cara

Tati, Jaiminho e Carol

Carol, depois do final de semana de baladas


Tati agarrando Dee-Dee à força

Dee-Dee

Carol, interrompida pelo Lei durante seu sagrado momento de escrita dos relatórios (repare na cara de "MORRA!" dela)

Tati com o delineador borrado

 Carol indo até a Farmácia na hora do almoço para comprar pastilhas pra garganta.


E ele dizia "Minha cara, eu me sinto muito honrado, lisonjeado, agradecido, envaidecido, etc, etc, etc..."


Nós duas, uniformizadas, flagradas pela câmera secreta da nossa chefe caminhando distraídas pelos corredores.

 P.S.: E o pior de tudo é que eu realmente tenho muita coisa pra fazer mas estou aqui, sendo feliz.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sobre falta de estética


Eu queria muito saber de quem foi a idéia de passar UMA mão de tinta amarelo ouro na Matriz e depois colocar um chapeuzinho azul em cada uma das torres. 
Está tão discreta que, da janela do meu quarto, às 5h da manhã, ela se destaca entre os prédios e construções. Desgosto...

Sobre falta de dinheiro - e a vergonha alheia


Rí muito da cena que presenciei hoje. José Roberto, velho e preocupado com as finanças, realiza a seguinte orientação aos presentes durante nossa reunião semanal, minutos antes de iniciar a distribuição dos folders que mandou confeccionar com a programação da semana:
"Então, caríssimos, caso vocês presentes estejam com seus irmãos, mães, pais ou maridos, peguem APENAS UM FOLHETO. E coloquem na geladeira, já que, só existe uma e lá todos em casa podem consultá-lo. Vocês não tem idéia de como os trabalhos na gráfica são caros...".
Quase tive uma síncope. Vergonha alheia. 

domingo, 22 de maio de 2011

Sobre aquele que eu amo - muito.


Eu realmente me sinto muito feliz por tê-lo encontrado. Feliz mesmo. Por vezes até abobada.
Principalmente pelo fato dele, misteriosamente, rir das minhas piadas mais sem graças com uma frequência incrível. Por me aguardar pacientemente durante os finais de semana nos quais, em desespero, termino todos os meus relatórios e leio os textos da faculdade.
Mais incrível ainda é o modo como fica em silêncio quando estou concentrada em algo, respirando como se quisesse evitar que alguma bomba ultra-sensível e potente explodisse. Ou por, de maneira inacreditável, adorar os meus programas de índio quando não tenho o menor pique pra sair aos sábados à noite.
Por ser tão velho quanto eu e preferir um pedaço de pizza depois do teatro, ter os mesmos CDs das décadas de 50 à 80, ou aceitar compreensivelmente minha dedicação e preocupação com o trabalho quando isso não é necessário.
Por acordar aos domingos de manhã, quando ambos sentimos uma imensa necessidade de religião.
Por me conduzir de braços dados, usando um blazer preto e o meu perfume favorito. 
Ele costuma ser um verdadeiro gentleman ao segurar minha cintura e beijar minha testa. Costuma ser também telepata quando me olha e sabe exatamente tudo o que eu quero dizer, sem precisar de palavra alguma. 
Pelo cabelo preto despenteado, pela pele branquinha e o rosto inchado de sono. Pela fala cantada, calma, tranquila, serena. Pela segurança que me passa e pela sensação de que, ao lado dele, tudo vai dar certo, tudo ficará bem.
Por ser péssimo piadista. Por sua habitual seriedade. Por argumentar de maneira excelente. Por abrir mão dessa habilidade durante minhas TPMs. Por saber o que é relevante, o que merece ser discutido, o que deve ser esquecido. Por me informar sobre a previsão do tempo todas as manhãs. Por acreditar em mim, incentivar, cuidar, proteger. Por ser parceiro, amigo, pai, irmão, namorado. Por ser aquele que eu amo. Muito.

sábado, 21 de maio de 2011

Sobre mais um ser humano qualquer no planeta


"(...) Que mulher não se apaixona por ele?
Eu. Eu não me apaixono mais por ele. O que significa que agora podemos nos relacionar. O que significa que agora, posso ficar tranquilamente ao lado dele sem odiar meu cabelo e minha bunda e minha loucura. E posso vê-lo literalmente duas vezes ao ano, sem achar que duas vezes na semana são duas vezes ao ano. E posso vê-lo ir embora, sem me desmanchar ou querer abraçar meu porteiro e chorar. Consigo até dar tchauzinho do portão. Tchau, vou comer um pedaço de torta de nozes e assoviar. Tchau, querido mais um ser humano do planeta." (Tati Bernardi) 

domingo, 15 de maio de 2011

domingo, 8 de maio de 2011

Sobre a esperança que a desgastou


Tinha amado desmesuradamente a vida, e fora sua esperança incansável, incurável, que fizera dela o que se tornara, uma desesperada da própria esperança. Essa esperança a tinha desgastado, destruído, esvaziado a tal ponto que seu sono, que a repousava dela, e até mesmo a morte, pareciam que já não podiam ultrapassá-la.” (Marguerite Duras in: Barragem contra o pacífico. Ed. ARX, p. 137)
 

Sobre algo que demanda a eternidade


“Parei na porta, achei que alguma coisa devia ser dita à guisa de despedida ou relacionada ao que estava diante de nós, na escola, em nosso cotidiano, mas não o fiz, porque quis evitar dizer algo de definitivo ou algo que Stella pudesse interpretar como sendo definitivo. Eu não queria que algo que começava assim tão de repente e que demandava a eternidade terminasse.” (Siegfried Lenz in: Minuto de silêncio. Tradução de Kristina Michahelles. Ed. Rocco, p. 42)
 
 

Sobre o que não se revela apenas por meio das palavras


"Calava-a, pelo menos assim o julguei por muito tempo, pois naquela época eu ainda imaginava que era por meio de palavras que a gente revela aos outros a verdade." (Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 3 - O caminho de guermantes.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 45) 
 

Sobre ligações traumáticas



“(…) quando uma pessoa permanece traumaticamente ligada a uma relação passada, idealizando-a, elevando-a a um nível que todas as relações futuras nunca atingirão, podemos estar seguros de que essa idealização excessiva serve para ofuscar o fato de haver algo muito errado nessa relação. O único sinal fidedigno de uma relação verdadeiramente satisfatória é, após o falecimento do outro, o sobrevivente estar pronto para encontrar um novo parceiro.” (Slavoj Žižek in: Lacrimae rerum. Ensaio: A teologia materialista de Krzystof Kieslowski. Boitempo Editorial, p. 65)
 

Sobre invenções


“Queria que você pudesse ouvir as coisas exatamente como elas são, os barulhos em volta, a minha voz, a entonação da minha voz, as pausas, a rapidez ou a lentidão ao respirar. Mas nós sabemos que nunca é assim. Que qualquer coisa que eu diga ou faça sempre será uma invenção, não é possível reproduzir a realidade, apenas recriá-la, você costumava dizer, você gostava disso, essas frases que você repetia para os teus alunos.” (Carola Saavedra in: Paisagem com dromedários. Ed. Companhia das Letras, p. 71)
 

Sobre já ser tarde para...


"Alice: Eu não te amo mais!
Dan: Desde quando?
Alice: Agora, agorinha! E eu não quero mentir! E não posso contar a verdade, então está tudo acabado!
Dan: Não Importa! Eu te amo. Nada disso importa.
Alice: Tarde Demais Eu não te amo mais. Adeus!
Alice: Eu teria te amado para sempre… Agora saia!
Dan: Não faz isso. Fala comigo!
Alice: Eu já falei. FORA!
Dan: Você entendeu mal. Eu não queria…
Alice: Queria sim!
Dan: Eu te amo!!!
Alice: ONDE??
Dan: O quê?
Alice: Me mostra! Cadê esse amor? Eu não vejo. Não posso tocar nele. Eu não sinto. Eu te ouço. Escuto algumas palavras… Mas não posso fazer nada com suas palavras vazias. Qualquer coisa que você faça ou diga é tarde demais.
Dan: Por favor. Não faça isso!
Alice: Está feito!" (Do filme: Closer)
 

Sobre a relação entre felicidade e fantasia


“Podemos partir da tese de que a pessoa feliz nunca fantasia, somente a insatisfeita. As forças motivadoras das fantasias são os desejos insatisfeitos, e toda fantasia é a realização de um desejo, uma correção da realidade insatisfatória.” (Freud in: “Escritores criativos e devaneios”. (1906-08/ 2006, vol. 9, p. 137)
 

Sobre o que foi - e já não o é mais


"Antes o vôo da ave, que passa e não deixa rastro,
Que a passagem do animal, que fica lembrada no chão.
A ave passa e esquece, e assim deve ser.
O animal, onde já não está e por isso de nada serve,
Mostra que já esteve, o que não serve para nada.
A recordação é uma traição à Natureza.
Porque a Natureza de ontem não é a Natureza.
O que foi não é nada, e lembrar é não ver.
Passa, ave, e ensina-me a passar!" (Fernando Pessoa in: Poemas de Alberto Caeiro. Editora Ática) 

sábado, 7 de maio de 2011

Sobre sorte e pessoas especiais


"(...) e ouvi as suas primeiras palavras, desde aquele instante senti leveza na alma pela primeira vez. Há pouco já cheguei a pensar que talvez eu seja de fato um felizardo: porque eu sei que a gente não encontra logo as pessoas de quem a gente passa a gostar imediatamente, mas eu as encontrei..." (Fiódor Dostoiévski in: O idiota. Tradução de Paulo Bezerra. Ed. 34, p. 100)

Sobre um coração pequeno e cheio


"E junto da esfinge leram minha sorte na areia do deserto... e não disseram nada. O maometano disse que eu tinha "white heart", coração puro... O que eu tenho na verdade é um coração pequeno onde já não cabem coisas, tão cheio de amor guardado ele é." (Carta de Clarice Lispector para as duas irmãs. Berna, 14-04-1946 do livro: Correspondências Clarice Lispector, organizado por Teresa Montero, Ed. Rocco, p. 103)

Sobre ser surpreendida


Bom mesmo é chegar ao salão principal sozinha, sentar-se, começar a ler por distração e, de repente, todas as luzes se acenderem e ser surpreendida pelo seu amor (que se confundiu com os horários e já te esperava por uma hora).
Tudo bem ir dormir cedinho no sábado à noite. Desde que amanhã eu esteja com ele novamente às 8h30 da manhã.


sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sobre o meu trabalho


Eu gostaria que as pessoas compreendessem que, de certa forma, no último ano, eu mudei. Não por vontade própria. Mas vivenciei - e vivencio - coisas que me afetam e influenciam diretamente.
Aliás, também acho absurdamente injusto que um estagiário de psicologia hospitalar em CTIs/ UTIs seja tão mal remunerado quando comparado às outras vertentes da profissão.
Estamos o tempo todo sob os efeitos de um trabalho estressante, recebendo cargas de dor (seja ela física ou emocional), sofrimento (de pacientes, familiares e até mesmo da equipe de saúde), angústias, ansiedades, expectativas de toda a sorte e das mais diferentes pessoas, impregnados por nossas próprias angústias e anseios, sobretudo o de amenizar o sofrimento das pessoas que se encontram em nossa frente.
Pensamos o dia todo. Raciocinamos, clarificamos, buscamos soluções, atendemos a pedidos e resolvemos conflitos. Fazemos fluir o diálogo entre individuos que normalmente não falam a mesmo "idioma" e buscamos recursos que nem sabíamos possuir para trabalhar em prol de pessoas pelas quais, na maioria das vezes, não podemos fazer muitas coisas mais além de dar suporte, atenção e acolhimento.
Nos doamos. Inteiramente.
E que fique claro que não me queixo das minhas atividades. Muito pelo contrário: amo o que faço. E não me imagino realizando outras atividades ou sendo melhor compensada.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sobre como recarregar as baterias


Só porque depois do dia ruim, eu precisava encontrá-lo e recarregar as baterias.

"I need to tell you how you light up every second of the day.
But in the moonlight you just shine like a beacon on the bay.
And I can´t explain, but there´s something about the way you look tonight. Takes my breath away..."