Sobre coisas que não mudam

domingo, 1 de maio de 2011

Sobre coisas que não mudam


Tudo começou quando, há muito tempo atrás, numa terra distante, porém não tão longe da civilização, alguém pensou que talvez dizer a uma pré-adolescente que ela se parecia com a Sula Miranda fosse um elogio. E disse.
Ou talvez tenha sido quando esse mesmo alguém contaminou a citada pseudo-cover com um vírus de gripe super potente, fazendo com que praticamente encomendassem suas almas a Deus, afastando-se do convívio social por quase duas semanas.
Muitas coisas aconteceram. E muitas mudaram. Acho que a única que permanece a mesma é meu apelido (embora acredite obstinadamente que as semelhanças físicas já se foram com o passar dos anos). Parando agora pra pensar, notei que conseguimos não mencioná-lo por quase dez anos. Mas se tudo isso fosse anulado, provavelmente o que nos uniu e alimentou o carinho, respeito e amizade que guardamos um pelo outro não existiria.
Nós nos vimos hoje pela manhã, como nos velhos tempos. Fomos à igreja e nos encontramos no Largo da Matriz. Conversamos, demos risadas e almoçamos em uma das barraquinhas de domingo.
Ficamos nostálgicos ao recordar todas as coisas absurdas que vivemos. Nos abraçamos e nos despedimos com a promessa de nos ver mais vezes.
A sensação de proteção foi indescritível. Reconfortante é ter a certeza de que as pessoas podem até modificar suas atividades, rotina, metas e círculo social. Mas o sentimento bom que as uniu um dia nunca se acaba.
E tudo isso pra dizer que, apesar de me fazer acordar às 6h30 no domingo, eu ainda o amo muito em seus 1.60cm e fico muito feliz (por mais pouco provável que pareça), voltando a ter 11 anos quando ele me chama de "Sula".

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