Sobre aquele que eu amo - muito.
Eu realmente me sinto muito feliz por tê-lo encontrado. Feliz mesmo. Por vezes até abobada.
Principalmente pelo fato dele, misteriosamente, rir das minhas piadas mais sem graças com uma frequência incrível. Por me aguardar pacientemente durante os finais de semana nos quais, em desespero, termino todos os meus relatórios e leio os textos da faculdade.
Mais incrível ainda é o modo como fica em silêncio quando estou concentrada em algo, respirando como se quisesse evitar que alguma bomba ultra-sensível e potente explodisse. Ou por, de maneira inacreditável, adorar os meus programas de índio quando não tenho o menor pique pra sair aos sábados à noite.
Por ser tão velho quanto eu e preferir um pedaço de pizza depois do teatro, ter os mesmos CDs das décadas de 50 à 80, ou aceitar compreensivelmente minha dedicação e preocupação com o trabalho quando isso não é necessário.
Por acordar aos domingos de manhã, quando ambos sentimos uma imensa necessidade de religião.
Por me conduzir de braços dados, usando um blazer preto e o meu perfume favorito.
Ele costuma ser um verdadeiro gentleman ao segurar minha cintura e beijar minha testa. Costuma ser também telepata quando me olha e sabe exatamente tudo o que eu quero dizer, sem precisar de palavra alguma.
Pelo cabelo preto despenteado, pela pele branquinha e o rosto inchado de sono. Pela fala cantada, calma, tranquila, serena. Pela segurança que me passa e pela sensação de que, ao lado dele, tudo vai dar certo, tudo ficará bem.
Por ser péssimo piadista. Por sua habitual seriedade. Por argumentar de maneira excelente. Por abrir mão dessa habilidade durante minhas TPMs. Por saber o que é relevante, o que merece ser discutido, o que deve ser esquecido. Por me informar sobre a previsão do tempo todas as manhãs. Por acreditar em mim, incentivar, cuidar, proteger. Por ser parceiro, amigo, pai, irmão, namorado. Por ser aquele que eu amo. Muito.
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