agosto 2011

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

sábado, 20 de agosto de 2011

Sobre manter as coisas simples


"Sabia muito bem que as pessoas costumavam brigar, até mesmo tempestuosamente, e depois faziam as pazes. Mas não sabia como começar, simplesmente não tinha jeito para isso, para a alteração capaz de aliviar as tensões, e nunca acreditou realmente que palavras duras pudessem ser desditas ou esquecidas. O melhor era manter as coisas simples." (Ian McEwan in: Na praia. Ed. Companhia das Letras, p. 43)

Sobre meu repertório de argumentos


"Um repertório de desculpas pode ir sempre mais longe do que uma verdade, quando ainda não se descobriu que querer enfrentar tudo-ao-mesmo-tempo-o-tempo-inteiro é quase a mesma coisa que não enfrentar. Minha coleção de argumentos para ir avolumava-se na mesma medida em que crescia a lista de motivos para ficar. Mil razões apontando para a porta, mil e uma para o sofá, e eu ali, deitado no colo da dúvida, exausto por ter que amadurecer tanto em tão pouco tempo." (Luciana Lorens Braga in: Há cores e acordes. Ofício das Palavras, Ed., p. 28-29)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sobre perturbações


 
'É lenta e quase não fala. Tem olhos hipnóticos, quase diabólicos. E a gente sente que ela não espera mais nada de nada, nem de ninguém, que está absolutamente sozinha e numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la. Muita gente deve achá-la antipaticíssima, mas eu achei linda, profunda, estranha, perigosa. É impossível sentir-se à vontade perto dela, não porque sua presença seja desagradável, mas porque a gente pressente que ela está sempre sabendo exatamente o que se passa ao seu redor. Talvez eu esteja fantasiando, sei lá. Mas a impressão foi fortíssima, nunca ninguém tinha me perturbado tanto'. Caio F. Abreu.

terça-feira, 2 de agosto de 2011