Sobre a escrita que (não) existe

sábado, 4 de dezembro de 2010

Sobre a escrita que (não) existe




Não, não posso. Se não sangra, a minha escrita não existe. Se não rasga o corpo, tampouco existe. Insisto na dor, pois é ela que me faz escrever. [Mas por que não tenta? Se não pode escrever sem dor, ao menos escreva sem peso, sem culpa. Tire o cimento dos ombros. Seja leve, escreva palavras leves.] Não sei. Vacilo, não tenho certeza se é esse o caminho, mas prometo: tentarei". (A chave da casa, Tatiana Salem Levy, Ed. Record, P. 69)

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