Sobre mecanismos de defesa sofisticados

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Sobre mecanismos de defesa sofisticados


"Ela sorriu de novo. Um verdadeiro e sofisticado mecanismo de defesa.
Esquecer. Guardar. Ignorar. Lá, bem no fundo do baú do meu hipocampo. Abafem o meu sistema límbico. Eu quero, eu preciso negligenciar tanta dor. Eu deprimo. Eu demencio. Eu me esqueço de você. Eu me esqueço dela. Eu me esqueço da vida. Mas ninguém é imune a toque. Ao que nos resgata de nós mesmos.
Como diria Alexandre Pope: "Quão feliz é o destino de um inocente sem culpa. O mundo em esquecimento pelo mundo esquecido. Brilho eterno de uma mente sem lembrança. Cada orador aceito e cada desejo renunciado." 

Carmen O. in: Tardes de maio. Novo Século.

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