Sobre uma confusão absoluta

terça-feira, 27 de abril de 2010

Sobre uma confusão absoluta



“O sol está brilhando, o céu é de um azul profundo, há uma brisa deliciosa, e estou sentindo falta – realmente sentindo falta – de tudo: conversa, liberdade, amigos, de ficar sozinha. Sinto vontade... de chorar! Sinto como se fosse explodir. Sei que chorar ajuda, mas não consigo. Estou inquieta. Ando de um cômodo para o outro, respiro pela fresta na janela, sinto o coração bater como se dissesse: realize meus desejos...
Acho que a primavera está dentro de mim. Sinto a primavera despertando, sinto em todo o meu corpo e minha alma. Tenho de me forçar a agir normalmente. Estou numa confusão absoluta, não sei o que ler, o que escrever, o que fazer. Só sei que estou sentindo falta de alguma coisa.” (O diário de Anne Frank, p. 211)

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