Sobre a carta a respeito do tombo emocionado

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sobre a carta a respeito do tombo emocionado


Marcelo,


Lembra-se de todas as vezes em que eu disse que ele parecia um bocoió quando nos víamos?
Pois bem...
Hoje, a desgraça começou quando desci do ônibus e meu guarda-chuva quebrou. No meio do Apocalipse Aquático, andei um longo percurso até chegar ao local - seco - de destino.
Então, ele resolveu dar o ar da graça (naquele exato e inapropriado momento) depois de infinitos três meses de solidão e saudade - pelo menos de minha parte (!).
Devo ter ficado tão desesperada, emocionada, assustada, aliviada e surpresa, que resolvi me jogar no chão.
Sim, eu caí. Caí sentada na frente dele. Não sei o que houve com meus pés, meu salto, minhas pernas... Processei o tombo (o que deve ter levado alguns segundos) e não olhei para os lados - talvez nem para frente. Levantei antes que procurassem o motivo de tanto barulho (claro que, dos olhos dele, eu não pude escapar), bati a sujeira da calça, tirei bolsa e blusa do chão, e sai andando - rápido, sem chance de receber uma oferta de ajuda - com o nariz beeem alto, o cabelo desgrenhado e a roupa ensopada do dilúvio - para dar três passos e escorregar logo depois.
Alguém enfia minha cabeça em um buraco, por misericórdia?

Beijos, Tati. A que jogou um par de sapatos fora nesta terça.

1 opiniões a respeito disso :

Carolina de Castro disse...

Fiquei uns dias sem entrar aqui e quantas novidades... =P
Vou entrar com mais frequencia para não perder os post que vc faz.
Beijos