Sobre ser notado - e notar.
Ela estava disposta a dedicar toda a sua vida a um único objetivo: constrangê-lo.
Se não tinha seu amor, que ao menos o ódio fosse sincero. E já que, entrelinhas, ele já havia dito que a sua própria maturidade exacerbada (ou a suposta ausência de maturidade nela) era um impeditivo, não via problemas em agir como uma criança.
Naquela noite, surpreendeu-se. A convivência era cheia de despedidas e reencontros, e, dessa vez, viam-se depois de um período mais ou menos longo e não precedido de um “até logo” formal.
Ela era da saúde. As duas amigas, novas na instituição, eram de exatas. As outras duas eram amigas das amigas, apresentadas há menos de cinco minutos.
Enquanto desejava boas vindas e boa sorte ao grupo, não registrou os movimentos dele ao aproximar-se. Notou-o apenas quando estava perto demais para esboçar alguma reação. Assustada pelo inusitado, desviou o olhar – o que não surtiu efeito, já que ele parecia desejar ser notado. Parou junto a ela – e a elas -, cumprimentando-as, uma a uma, deixando-a no final, para ignorá-la logo depois.
Fez-se silêncio enquanto cada uma das presentes entreolhavam-se, esperando que alguém apresentasse o novo ilustre integrante.
Ele então pôs-se a falar. Falava para qualquer uma das quatro. Menos para ela.
Sorria, simpático. Fazia perguntas, comentários. Observações que ela não conseguia distinguir, em partes porque a visão dele confundia-lhe os sentidos, em partes porque qualquer coisa não era mais digna de ser registrada do que seu rosto. E ela precisava guardá-lo, porque era o que mais sentiria falta quando estivessem distantes.
Quando voltou a si, entendeu que ele falava – sozinho – com quatro pessoas que nunca havia visto antes e, definitivamente, não percebia.
Ela deixou desabrochar um meio sorriso, que nascia dos olhos e moldava-lhe os lábios. Não sabia explicar se era sorriso ou deboche.
Sorriu o meio sorriso. Os olhos se iluminaram. Ele queria ser notado. E ela precisava notá-lo.
Se não tinha seu amor, que ao menos o ódio fosse sincero. E já que, entrelinhas, ele já havia dito que a sua própria maturidade exacerbada (ou a suposta ausência de maturidade nela) era um impeditivo, não via problemas em agir como uma criança.
Naquela noite, surpreendeu-se. A convivência era cheia de despedidas e reencontros, e, dessa vez, viam-se depois de um período mais ou menos longo e não precedido de um “até logo” formal.
Ela era da saúde. As duas amigas, novas na instituição, eram de exatas. As outras duas eram amigas das amigas, apresentadas há menos de cinco minutos.
Enquanto desejava boas vindas e boa sorte ao grupo, não registrou os movimentos dele ao aproximar-se. Notou-o apenas quando estava perto demais para esboçar alguma reação. Assustada pelo inusitado, desviou o olhar – o que não surtiu efeito, já que ele parecia desejar ser notado. Parou junto a ela – e a elas -, cumprimentando-as, uma a uma, deixando-a no final, para ignorá-la logo depois.
Fez-se silêncio enquanto cada uma das presentes entreolhavam-se, esperando que alguém apresentasse o novo ilustre integrante.
Ele então pôs-se a falar. Falava para qualquer uma das quatro. Menos para ela.
Sorria, simpático. Fazia perguntas, comentários. Observações que ela não conseguia distinguir, em partes porque a visão dele confundia-lhe os sentidos, em partes porque qualquer coisa não era mais digna de ser registrada do que seu rosto. E ela precisava guardá-lo, porque era o que mais sentiria falta quando estivessem distantes.
Quando voltou a si, entendeu que ele falava – sozinho – com quatro pessoas que nunca havia visto antes e, definitivamente, não percebia.
Ela deixou desabrochar um meio sorriso, que nascia dos olhos e moldava-lhe os lábios. Não sabia explicar se era sorriso ou deboche.
Sorriu o meio sorriso. Os olhos se iluminaram. Ele queria ser notado. E ela precisava notá-lo.
1 opiniões a respeito disso :
Simplismente lindo Tati ....
Obrigada pela visita .... e tenho certamente tambem voltarei varias vezes beijos !!!!
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